quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Sites e Empresas que Recomendamos



Grupo inspirador que estimula mulheres de diversas faixas etárias a se integrarem em um pedal em grupo agradável  onde podem aprender umas com as outras lições da bike e da vida. Conduzido Pela querida Tereza D´Aprile desde 1992 o grupo vem estimulando mulheres por ser um espaço direcionado diretamente ao público feminino no mundo das bicicletas.
fonte: #saiananoite


O sistema de bicicletas públicas Bike Sampa visa oferecer à cidade de São Paulo uma opção de transporte sustentável e não poluente. Viagens até uma hora são gratuitas. Cadastro neste link.  Apoio Itaú.
fonte: #mobilicidade


Empréstimos de bicicletas gratuitamente nos primeiros 30 minutos. Motoristas, Ciclistas e pedestres convivendo em harmonia.
Apoio Bradesco.
fonte: #Movimento Conviva


Escola de Bicicleta

Site educativo com muitas informações, dicas e textos de mecânica ao pedal de Arturo Alcorta, professor de bicicleta.
fonte: #escoladebicicleta



O "Bike é Legal" é um portal na internet sobre ciclismo, mobilidade urbana e sustentabilidade. Com notícias, vídeos, fotos, artes, ideias, questionamentos, discussões e reivindicações, o site reúne ciclistas que são referências sobre o tema no Brasil.
Idealizado pela jornalista e cicloativista Renata Falzoni, que pedala há mais de 30 anos utilizando a bicicleta como meio de transporte, o “Bike é Legal” é considerado uma das mais consistentes fontes do país sobre o assunto bicicleta, e se tornou um importante ponto de convergência dos cidadãos, estejam sobre duas rodas sem motor, ou não. A Renata Falzoni colaborou em nossa palestra  "Bicicleta, meio de transporte do presente" e é uma das pessoas que mais conhece profundamente o tema bicicleta e dedicou sua vida a promover o ciclismo nas políticas públicas na cidade de são Paulo.
fonte: #bikeelegal



Pequeno Sustentável

O projeto “Pequeno Sustentável” é um portal na internet sobre sustentabilidade e formas de (re)pensar a educação junto com as crianças e adolescentes. O site propõe importantes reflexões sobre os temas abordados e convoca pessoas de todas as idades para a construção de um mundo melhor. Realiza ações e atividades sustentáveis. Uma fonte de estímulo à atitudes sustentáveis e contribuição para a educação integral das crianças e adolescentes. Pudemos contar com a palestra do educador ambiental Lemuel Rex no contexto do nosso projeto. Os slides da apresentação estão disponíveis no link.
fonte: Lemuel Rex




Ciclovece

Venda e aluguel de bicicletas nos ofereceu desconto para os participantes da Volta Ciclística USP.
Rua Camargo, 379, próximo ao metrô Butantã - SP telefone: 38141986



Oficina do João


Oficina mecânica próxima do metrô Butantã que nos apoia na Volta Ciclística USP
Rua Camargo, 382, Butantã - SP  telefone: 28559071




Oficina colaborativa Mão na Roda

O projeto Mão na Roda, sob responsabilidade da área de Cultura da Bicicleta e Formação do Ciclista, é uma oficina comunitária da Ciclocidade, um espaço coletivo de aprendizado e prática da manutenção de bicicletas.
Aberta a todos os ciclistas, a oficina disponibiliza as ferramentas e a estrutura adequadas para estimular a autonomia de quem pedala na cidade.O princípio que rege a oficina Mão na Roda é o do faça você mesmo, servindo como lugar de encontro entre os participantes e para trocas de experiências. A Mão na Roda funciona em dois locais diferentes, nos seguintes horários:

Espaço Contraponto (zona oeste)
Quintas-feiras, das 19h às 22h30Rua Medeiros de Albuquerque, 55 - Vila Madalena

Centro Cultural São Paulo (centro)Terças-feiras, das 19h às 22hSábados (em breve), das 14h às 19hDomingos, das 15h às 20hRua Vergueiro, 1000 - Paraísofonte: #Ciclocidade



CET- Infraestrutura Cicloviária Permanente da Cidade de São Paulo




Sugestões? Críticas? Elogios? Envie-nos um email

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Volta Ciclística USP

Atividade educativa e recreativa com foco na promoção da qualidade de vida através do incentivo ao uso da bicicleta a Volta Ciclística USP convida sua comunidade para um passeio educativo com ciclistas experientes em diferentes estilos e modalidades, para troca de dicas e inspirações.
Por um campus e uma cidade mais sustentáveis. Por pessoas mais felizes. Venha pedalar conosco e traga a família!
Todas informações abaixo.





Para convidados não uspianos preenchimento do formulário obrigatório
http://goo.gl/forms/xJhRV6T2la

Precisando de bicicleta? Preencha o formulário para locação ou empréstimo (limitado).
http://goo.gl/forms/LUIC1Rd01O


#VoltaCiclisticaUSP na Mídia:

Portal USP:
http://www5.usp.br/96433/volta-ciclistica-estimula-o-transporte-sustentavel-na-cidade-universitaria/

Eventos USP:
http://www.eventos.usp.br/?events=volta-ciclistica-na-usp-estimula-uso-da-bicicleta-como-meio-de-transporte

Agência USP de Notícias:
http://www.usp.br/agen/?p=212201

O Alquimista - Jornal do Instituto de Química USP:
http://www2.iq.usp.br/alquimista/alquimista126.pdf

Facebook:
https://www.facebook.com/events/756584874440377/

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Documentário Bikes vs Cars


Recém lançado nos cinemas brasileiros com a presença do diretor (Fredrik Gertten) o documentário Bike vs Cars  provoca o olhar para as grandes cidades, incluindo Toronto, Los Angeles e São Paulo. 
De um lado o lobby massivo e histórico da indústria automobilística, ainda mais crescente com o aumento da classe média em muitos países aumentando o número de veículos de uma forma que muitas cidades, assim como o planeta, não comportará.  Do outro pessoas, ciclistas, militantes, costumeiramente invisíveis, mostram uma balança bastante desigual, mas que já é um caminho sem volta e uma inteligente proposta de mobilidade urbana sustentável. 
A bicicleta é uma ferramenta bastante simples, barata e ainda consegue ser uma solução sofisticada para inúmeros problemas sociais, econômicos e ambientais. Porém ainda segue marginalizada por não prover o status social comumente agregado ao carro.  Mais ar limpo, mais saúde, mais qualidade de vida, mais alegria, mais tempo, mais liberdade, mais amor, menos motor.

Mais informações: http://www.bikes-vs-cars.com








domingo, 14 de junho de 2015

"Você faz a USP. Seja Sustentável!"

Descrição do Projeto e Eventos


 Objetivo
Sensibilizar a comunidade uspiana, estimulando-os para terem ações de sustentabilidade. 

Quem somos?
          Essa proposta foi elaborada por minha colega Simone e eu Caroline. Fazemos parte do Grupo de Formação de Educação Socioambiental dos Servidores Técnicos da USP, PAP-3 (Pessoas que Aprendem Participando), orientandos de PAPs-2 do IOUSP e IBUSP. Esse curso foi promovido pela Superintendência de Gestão Ambiental (SGA - USP). 



       
  • 16 de junho as 14h IBUSP

"Bicicleta: meio de transporte do presente"

(palestra do professor Dr. Paulo Saldiva, ciclista, pesquisador, médico, uspiano com a presença e participação de Lemuel Rex e Renata Falzoni)

 A bicicleta como transporte sustentável e acessível, seus inúmeros benefícios individuais e coletivos, para a saúde e o meio ambiente. Mostrar diferentes tipos de pessoas que fazem esse uso para o incentivo de novos ciclistas. 


  • 19 de junho as 14h IQUSP

Mapeamento Socioambiental Participativo
(método de Denise de La Corte Bacci Instituto de Geociências – IGcUSP)

É um recurso didático-pedagógico para o (re)conhecimento do ambiente/lugar. Contribui no levantamento de informações socioambientais para a elaboração de diagnóstico da realidade local, bem como subsidia a reflexão sobre as formas de uso e ocupação do espaço mapeado e suas implicações para a qualidade de vida da comunidade.





  • 23 de junho as 14h no anfiteatro do IOUSP
 Água: sabendo usar não vai faltar?
(palestra oferecida pela Profa. Dra. Ana Lúcia Brandimarte , Departamento de Ecologia IBUSP)

No contexto da crise hídrica que vivemos, a professora discorrerá sobre a forma que usamos a água e a construção de uma cisterna no Instituto de Biociências.


  • 28 de junho as 10h circuito saindo do portão 1 do campus Butantã
"Volta Ciclística USP"
(oficina educativa com cicloativistas convidados e ciclistas iniciantes da comunidade uspiana e seus entornos)
Atividade em ritmo de passeio com o intuito de desmistificar o uso da bicicleta como meio de transporte, ressaltando as inúmeras vantagens, educando, tirando dúvidas, compartilhando informações para que as pessoas percam o medo, quebrem mitos para o uso da bicicleta de forma segura e correta pelo contato, observação e prática.


Faremos a compilação de informações educativas (como ONGs, arquivos, sites e blogs) para divulgação e referência que possivelmente se tornará um manual de dicas e segurança do ciclista que frequenta o campus USP Butantã, sendo também modelo para qualquer pessoa que use a bicicleta como meio de transporte.


Carta da Terra


Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações. Terra, Nosso Lar A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado. A Situação Global Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis. Desafios Para o Futuro A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais, não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. 1 Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos forjar soluções includentes. Responsabilidade Universal Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual a dimensão local e global estão ligadas. Cada um compartilha da responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida, e com humildade considerando em relação ao lugar que ocupa o ser humano na natureza. Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como critério comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos, e instituições transnacionais será guiada e avaliada. 

PRINCÍPIOS

 I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA 

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade. a. Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos. b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade. 2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor. a. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas. b. Assumir que o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder implica responsabilidade na promoção do bem comum. 3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas. a. Assegurar que as comunidades em todos níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada um a oportunidade de realizar seu pleno potencial. 2 b. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a consecução de uma subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável. 4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações. a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras. b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, em longo prazo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra. Para poder cumprir estes quatro amplos compromissos, é necessário: 

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA 

5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida. a. Adotar planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável em todos os níveis que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento. b. Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viável e da biosfera, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural. c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçadas. d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a introdução desses organismos daninhos. e. Manejar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade dos ecossistemas. f. Manejar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que diminuam a exaustão e não causem dano ambiental grave. 6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução. a. Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais mesmo quando a informação científica for incompleta ou não conclusiva. b. Impor o ônus da prova àqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano ambiental. c. Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas conseqüências humanas globais, cumulativas, de longo prazo, indiretas e de longo alcance. 3 d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas. e. Evitar que atividades militares causem dano ao meio ambiente. 7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário. a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos. b. Atuar com restrição e eficiência no uso de energia e recorrer cada vez mais aos recursos energéticos renováveis, como a energia solar e do vento. c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência equitativa de tecnologias ambientais saudáveis. d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas sociais e ambientais. e. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável. f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito. 8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido. a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada a sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento. b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuam para a proteção ambiental e o bem-estar humano. c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis ao domínio público. 

III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA 

9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental. a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os recursos nacionais e internacionais requeridos. b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma subsistência sustentável, e proporcionar seguro social e segurança coletiva a todos aqueles que não são capazes de manter-se por conta própria. c. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem, e permitir-lhes desenvolver suas capacidades e alcançar suas aspirações. 4 10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma equitativa e sustentável. a. Promover a distribuição equitativa da riqueza dentro das e entre as nações. b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e isentá-las de dívidas internacionais onerosas. c. Garantir que todas as transações comerciais apoiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas. d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas conseqüências de suas atividades. 11. Afirmar a igualdade e a equidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas. a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas. b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias. c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e a educação amorosa de todos os membros da família. 12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, concedendo especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias. a. Eliminar a discriminação em todas suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social. b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas a formas sustentáveis de vida. c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu papel essencial na criação de sociedades sustentáveis. d. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual. 

IV.DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ 

13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões, e acesso à justiça. 5 a. Defender o direito de todas as pessoas no sentido de receber informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que poderiam afetá-las ou nos quais tenham interesse. b. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações na tomada de decisões. c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de assembléia pacífica, de associação e de oposição. d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos. e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas. f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente. 14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável. a. Oferecer a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável. b. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade. c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no sentido de aumentar a sensibilização para os desafios ecológicos e sociais. d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência sustentável. 15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração. a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimentos. b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável. c. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas. 16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz. a. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações. b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas. 6 c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura não provocativa da defesa e converter os recursos militares em propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica. d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa. e. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico mantenha a proteção ambiental e a paz. f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte. 

O CAMINHO ADIANTE 

Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta. Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa, e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca iminente e conjunta por verdade e sabedoria. A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva. Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento. Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.